quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

estrutura da terra

Estrutura Interna da Geosfera

Existem 2 modelos sobre a estrutura interna da Terra





























Modelo Clássico (propriedades químicas)

Diretamente, o Homem tem acesso ao interior da Terra até aos 12 Km de profundidade. Depois disso, só consegue conhecer o interior da Terra através de métodos indiretos como o comportamento das ondas sísmicas.As ondas S não se deslocam nos líquidos.
À medida que a profundidade aumenta, as ondas sismicas têm velocidades e comportamentos diferentes. A isto chama-se descontinuidades. Ao longo do tempo descobiram-se 2 descontinuidades e isto permitiu a divisão da estrutura interna da Terra em crosta, manto e núcleo.













Descontinuidade de Mohorovicic - 30 km de profundidade.
Descontinuidade de Gutenberg - 2900 Km de profundidade.
Cada camada subdivide-se em outras 2 e descobriu-se também a descontinuidade de Lehmann aos 5150 Km de profundidade.

Pela análise do gráfico conclui-se que as ondas P aos 2900 km de profundidade mudam bruscamente de velocidade (baixam), enquanto que as ondas S já não se propagam devido aos materiais líquidos. Na figura ao lado pode-se ver a zona de sobra das ondas P, na descontinuidade de Gutenberg que mostra a refração das ondas ao encontrarem materiais com rigidez nula.


Modelo atual (propriedades físicas)








domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sismologia

Sismologia
-» Sismo é uma vibração brusca da superfície terrestre que ocorre devido à libertação de energia que foi acumulada em zonas instáveis do interior da Terra. Propagam-se através de ondas sismícas.



                      







Teoria do Ressalto Elástico

Na sequência dos movimentos das placas originam-se tensões que vão deformando os materiais rochosos do interior da Terra, enquanto a sua elasticidade o permitir. Se a determinada altura, a tensão ultrapassar a capacidade de resistência/deformação elástica do material rochoso, este acaba por fracturar ( origina-se uma falha) e desloca~se, libertando-se parte da energia acumulada, o que provoca um sismo.




Hipocentro -» local no interior da Terra onde o sismo tem origem.
Epicentro -» local onde o sismo é sentido com maior intensidade à superfície.

Podem-se classificar relativamente à profundidade que se formam em: superficiais (menos de 70km), intermédios (entre 70 e 300 Km) e os profundos (maiores de 300 km).

Ondas sismícas

As ondas sísmicas resultam da propagação da energia libertada pelo sismo. Desde a sua origem, no Hipocentro deslocam-se em todas as direções e sentidos.


Ondas de volume ou profundas - ondas Primárias e Secundárias
Ondas Superficiais - Ondas Love e Rayleigh

Ondas de Volume

Ondas Primárias - propagam-se na mesma direção de propagação da onda sismica.
Ondas Secundários - propagam-se na perpendicular da direção de propagação da onda. Estas não se propagam nos meios líquidos.

Ondas superficiais 

Ondas Love deslocam-se  na perpendicular à direção de propagação e paralelas à superfície.
Ondas Rayleigh - desloca-se de uma forma elíptica.

Avaliação dos sismos - Intensidade e Magnitude

Intensidade - É o grau de destruição provocado pelo sismo. É expressa na escala de Mercalli (Modificada) que varia entre 1 e 12 em numeração romana.



Magnitude - É a energia libertada através das ondas sismicas e é expressa pela escala de Richter que varia de 0 a 9.



Sismos relacionados com a tectónica de placas

Grande parte dos sismos ocorrem nas zonas de choque de placas tectónicas (Interplacas). Os que não ocorrem assim ocorrem no interior das placas (Intraplacas).

Principaiz zonas: - Anel de fogo do pacífico;
                          - Alinhamento Euroasiático;
                          - Zonas de subducção, como as Fossas das Marianas.




Sismicidade em Portugal

    Portugal está localizado numa zona instável, sendo um país sismico moderado. Portugal situa-se no interior da placa Euro-asiática, mas muito próximo da placa Africana. Portugal está numa zona de transição entre uma região intraplaca e uma região de fronteira.                                                                       

    


O arquipélago dos Açores é uma zona do território português com grande actividade sísmica, dada a sua localização na fronteira de placas litosféricas.

Como minimizar os riscos sismicos através da sua prevenção e previsão?

Um sismo pode afetar bastante a população se esta não se prevenir e não tiver cuidado com os riscos que um sismo contem.
Para evitar isto deve-se :

-» construir edifícios com proteção anti-sísmica;
-» estudo geológico dos terrenos;
-» planos de evacuação.




sábado, 16 de fevereiro de 2013

vulcanologia

Vulcanologia

Os vulcões resultam da ascenção do magma em profundidade. Estes podem constituir um grande perigo para a população e para os animais se ainda estiverem em atividade.

Classificam-se em: - tipo fissural
                            




                          - tipo central





O magma provem da astenosfera e sobe pela sua baixa densidade para a câmara magmática. Se por exemplo, o magma acumular-se demasiado na câmara magmática sofre um aumento de pressão e origina um vulcão.

Estrutura de um vulcão:

Câmara magmática - reservatório de magma na litosfera.
Chaminé vulcânicaConduta tubular que trás o magma que se transforma em lava por perda de temperatura e de gases, para a superfície.
Cratera vulcânica - Local por onde os materiais vulcânicos saem à superfície.
Cone vulcânico - estrutura que resulta da acumulação dos materiais de várias erupções.
Podem haver fendas que se abram nos flancos dos cones e constituem a estrutura secundária  (chaminés secundárias, crateras secundárias e cones vulcânicos secundários) de uma mesma câmara magmática.
Caldeiras vulcânicas - Após uma grande erupção ( projecção dos materiais vulcânicos) a chaminé fica vazia e dá-se o colapso da cratera, originado uma depressão de grandes dimensões.
Agulha vulcânica ou domo- resultam de acumulação de lava muito viscosa que entope a cratera, são estruturas frágeis que desaparecem quando o gás acumulado por baixo da agulha sai. Nesta altura pode formar uma nuvem ardente que é o aspecto mais destruidor de uma atividade vulcânica. São formadas por gases e partículas de lava minúsculas e são projetadas a altas velocidades e temperaturas.



Atividade vulcânica

tipos de lava

Tipos de erupção




Resumindo:




Vulcanismo Secundário



Benefícios da atividade vulcânica


-» fonte de turismo;
-» Exploração de minerais;
-» utilização de energia geotérmica;
-» fertilidade dos solos;
-» aparecimento de ilhas para povoar.


Relacionamento entre os vulcões e a tectónica de placas


Vulcanismo Interplacas

Cerca de 80% do vulcanismo está associado às zonas ondem convergem as placas, 15% nas de divergência e os restantes 5 % a zonas no interior de placas.

Principais zonas:

-Anel de Fogo do Pacífico - margens do oceano pacífico, associado a fossas oceânicas do domínio oceânico, como as fossas das Marianas no Japão, ou no domínio continental como nos Andes.
-Alinhamento Euroasiático (responsável pelos vulcões de Itália).
-Grande Vale do Rifte do Leste Africano (vulcões do Quénia e Tanzânia).
-Dorsais medio-oceânicas (responsável pela grande parte do vulcanismo submarino).






Vulcanismo Intraplacas

Este tipo de vulcanismo é formado pelos pontos quentes ( Hot Spots)

Formação de cadeia de ilhas com origem num ponto quente:

1) O ponto quente (hotspot) mantém-se fixo e os penachos de magma perfuram a placa, originando um vulcão.

2) A placa desloca-se sobre o ponto quente, afastando-se da fonte de magma devido ao seu movimento.

3) O vulcão formado extingue-se, originando-se outro sobre o ponto quente.


Devido ao movimento da placa, as ilhas afastam-se do ponto quente, sendo tanto mais antigas, quanto mais afastadas se encontrarem do ponto quente.



Vulcanismo em Portugal

Os arquipélagos dos açores e da Madeira são, no território nacional, uma das mais eficientes manifestações de atividade vulcânica.
As ilhas que constituem o arquipélago dos Açores correspondem a vulcões submarinos, sendo vários deles ativos ainda. A Madeira não apresenta vulcões ativos.









                       






Riscos Vulcânicos e Previsões

Quando um vulcão entra em atividade há uma série de sinais que emite que permitem aos vulcanólogos avaliar o risco de erupção. A temperatura da superfície aumenta, pode haver libertação de gases e pequenos sismos que são indicadores da ocorrência de um episódio vulcânico.



 Perigos: -» Escoadas de lava;
             -» Projeção de piroclastos;
             -» Libertação de gases;
             -» sismos vulcânicos;
             -» Tsunamis.